terça-feira, 25 de setembro de 2012

Canção para uma Rotina Qualquer

Os dias sempre iguais.
Apenas dias...
Os dias sempre iguais.
Apenas dias...

Meu rosto sempre igual
Minha luz demora pra acender
Tenho fé, na esperança
E contando os dias, creio eu,
Que o amanhã será bem melhor.

Se sou pó, e me contento em ser,
Apenas pó!
Parte do teu fogo apagado,
Sou algo que não existe em lágrimas,
Resto que eu destesto,
Parte de uma magoa.


sexta-feira, 25 de maio de 2012

Canção para um cadáver

Não tenho tempo.
Tenho duas notas por fazer
Duas notas que sei fazer!!

Não tenho tempo.
Me deito.
Não tenho o que dizer.
Os dias passam rápidos.
Faço algo a mais de mim!!
Faço algo a mais de mim!!
Faço algo a mais...

Não tenho mais tempo para dizer.
Queria que fosse eu e você.
Mas não é!
São outros.
São tempos:
De carne e osso,
Que esgotam todos os sonhos,
Que temos por merecer.

Talvez um dia eu volte a dizer,
Algo com carinho, com verdade,
Pra chorar em você.
Algo de pedra, pouco colorido.
De pouco amor embutido.
Enrustido de quereres sinceros.

Não tenho mais tempo para dizer.
Queria que fosse eu e você.
Mas não é!
São outros.
São tempos:
De carne e osso
Que esgotam todos os sonhos,
Que temos por merecer.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Novos dias.

Se não me faço mais em sutileza
Creio que estou morto
Longe de tudo, da vida,
O que eu quero é distante, ausente,
Novo e incrédulo
Talvez suposto ou cego
Creio que não salvo as meretrizes
Desses elos sem estória
Dessa lembrança sem memoria
Dê esse novo amanhecer claro
Longe das águas mansas, dessas lágrimas,
Dou bastante de mim, que faço do ego,
Algo mais profundo e reconhecível.

Me deleito em sons e cores
Sou incorrigível
De tudo um pouco. Sou oposto.
Ao lado de mim. Sou miragem!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Nosso Caminho.

Acorda!
Não sou mais uma desavença no seu mundo.
Nem mais um segundo perdido em seu tempo.
Sou afago feito ao seu lado.
Mais que uma brisa nas rasantes do seu vento.

Disfarça!
Toque uma nota com seu canto divino
Sorria com o seu sorriso preciso.
Não faço mais nada que te magoe
Nada que afronte o palpitar do seu coração.

Maquie!
Toda a graça vinda dos seus olhos
Esses pretos e profundos, com algo que eu entendo como amor.
Seja sinestésica comigo,
Dizendo ao pé do ouvindo todos os segredos e planos pros nossos filhos.

Ouse!
Com seu bem estar matinal
Seu beijo louco, sua caricia, suas intenções.
Diga que me ama mais uma vez,
Me tenha, me abrace,
Com toda a sua lucidez.

Cuida de mim
Deixe que eu cuide de você.
Vamos lembrar daquele sonho que tivemos na noite passada.
Onde nosso tempo era um só,
Nosso amor: um templo, em nossas almas.
Andávamos perto das ondas do mar.
Vendo os leões marinhos e as tartarugas.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Ontem, Hoje e Amanhã.

Ontem sonhei com você
Éramos nós
Éramos amor
Éramos nossos filhos, com menos rugas e menos calos.
Éramos a vida crua, com sonhos e esperanças revolucionárias.
Ontem sonhei com você,
Andávamos na Primavera
Éramos o sol, a lua, a terra, a água.
Não sei como dizer...

...Éramos paz!...

domingo, 18 de setembro de 2011

Manha Inocente Mulher

Nessa manha em que descubro o amanhã
Sinto força de te olhar, caminhar até o sol.
Nesse dia em que nos vemos vou me lembrar
E ter saudade , é bom também, ver o amor em você.

E nas ruas cantam as rosas
E os cavalos que impulsionam os homens.
No luar o nosso sonho, escrito com fumaça, pelo nosso cigarro.
E te beijar antes de dormir, querer viver junto a ti.

Caminhar sem mais motivo se não ser você
Olhar as suas pernas e querer te conquistar a cada dia
Ter sua manha, e nas manhãs, acordar ao seu lado.
Com cuidado levantar, fazer o café, e te levar,
Esperando em troca seu sorriso, seu olhar inocente.

E nas ruas cantam as rosas
E os cavalos que impulsionam os homens
No luar o nosso sonho, escrito no desejo de não estarmos sós.
Te beijar antes de dormir, querer viver junto a ti.

domingo, 4 de setembro de 2011

Algumas Horas

Essa hora em que me vejo
Transbordando o peito de desejo.
Não existo sem precisão

Vinte e uma horas de atenção
Vinte e uma horas de atenção
Vinte e uma horas de atenção
Vinte e uma horas de atenção...

No ritmo alucinado dos planetas
No nosso dia espero alguma paixão
Um limite na janela, no varal roupas secas,
Na varanda um segredo pra ser revelado pro imoral.

No intocável disturbio da fala
Me sinto avivo, e bem vivo te creio.
São mais altos (bem mais altos) nossos medos,
É em você que atiro o universo.

Há de ser assim: você
Vem me dizer: "o que há?"
- "Tanto há pra dizer!"
- "Tanto quanto o mar?"


Para: Natália Spila